Utilidade de massa curativa e bálsamos para proteger feridas de poda

Por que é costume proteger as feridas causadas pela poda?

A poda de árvores (principalmente de árvores frutíferas, mas não só) é uma prática utilizada (mesmo abusada) periodicamente e que causa inúmeros ferimentos, expondo a madeira. Ouro, madeira sem casca não está mais protegida de patógenos no ar (fungos, bactérias)ou umidade; enfim, um ambiente agressivo responsável por várias doenças que enfraquecem a árvore.

Esquece ! Para superar essa falta de proteção, jardineiros e arboristas criaram a solução: a instalação de uma nova pele protetora na forma de bandagens. Nós curamos um galho como curamos um joelho quebrado.

Selantes, bálsamos curativos

Esses curativos, nós os chamamos selantes, cicatrizantes ou bálsamos curativos. São, portanto, utilizados esses produtos de cobertura, na maioria das vezes compostos por resinas, óleos resínicos, terebintina, óleos vegetais, argila, cera de abelha, própolis, etc. após a poda, em todas as partes expostas da madeira, para formar uma barreira contra fungos externos e água.

Alguns têm propriedades antifúngicas mais pronunciadas (própolis, argila), outros parecem estimular o processo de autodefesa da árvore (formação de uma pérola de cobertura), mas nenhum deles tem o poder de regenerar tecidos danificados, ou seja, cicatrizar feridas.

Alcatrão da Noruega: ineficaz e tóxico

O uso de alcatrão da Noruega para cobrir feridas de poda não é mais relevante. Além de sua comprovada ineficácia contra fungos parasitas, há sua toxicidade que levaria à necrose das células vivas e à desaceleração da formação do cordão de cobertura.

O sistema de defesa da árvore

Por várias décadas, sabemos que a árvore tem seu próprio mecanismo de defesa diante de ferimentos: não tendo a capacidade de curar partes doentes ou feridas, ele as isola colocando em seu lugar barreiras protetoras formadas por células específicas, prevenir a propagação de infecções ou patógenos para as partes saudáveis. Este princípio é chamado de compartimentalização (CODIT: Compartimentação de Decadência em Árvores). A área ferida é recuperada em segundo lugar.

Nesse processo de autocura, a implementação de um produto de recuperação não é muito útil e pode até ter um efeito perverso: selantes tendem a criar um ambiente úmido e quente ao redor da ferida, propício ao desenvolvimento de fungos, bem como ao “despertar” de microrganismos patogênicos específicos da árvore.

Os pontos fracos da compartimentação

a O processo de compartimentalização é muito eficaz quando o corte envolve um galho com diâmetro não superior a 5 cm. Porém, quanto maior a ferida, mais lentamente ocorre a compartimentação e a podridão pode ter tempo para se instalar.

O problema também surge se o tamanho não foi feito corretamente (no lugar certo, com ferramentas limpas e afiadas, na hora certa, etc.) ou se a árvore estiver com saúde e vigor deficientes.

Além disso, em algumas espécies de árvores, o estabelecimento das famosas barreiras é bastante lento e menos eficaz. Este é particularmente o caso da bétula, cereja, maçã ou ameixa.

Massa ou não? Uma questão que é debatida

Diante da fragilidade do processo de autocura da árvore e das situações críticas, descritas acima, que podem decorrer dele, alguns acreditam que o uso de selantes continua sendo a melhor solução para mantê-la saudável. A ciência infelizmente ainda não decidiu a questão que ainda é debatida entre jardineiros e profissionais.

Para limitar os riscos, o único conselho que pode ser dado é limite os tamanhos tanto quanto possível !

Você vai ajudar o desenvolvimento do site, compartilhando a página com seus amigos

wave wave wave wave wave