Apresentação
O ruibarbo é uma planta rústica, apresentando grandes folhas verdes e relevadas portadas por pecíolos longos (cerca de 50 cm na maturidade) e carnudos, de secção arredondada, e cuja cor varia do verde ao vermelho. O ruibarbo pertence à família Polygonaceae (como o trigo sarraceno) e é considerado um vegetal do ponto de vista botânico, embora na Europa seja consumido principalmente em preparações doces. É um legume meio esquecido, porque, se a gente consegue encontrar durante o verão nas barracas do mercado, não é muito consumido. Ele se adapta a climas temperados e é encontrado em quase toda a Europa.
Só os caules do ruibarbo são comestíveis: as folhas são tóxicas (em altas doses!), Também são utilizadas para se livrar dos pulgões (macerar as folhas picadas em água por 3 ou 4 dias, depois pulverizar).
História
O ruibarbo chega até nós do Norte da Ásia: China, Rússia, Sibéria e Mongólia em particular. Ela se espalhou para a Europa Ocidental há cerca de 2.000 anos. Há muito tempo é apreciado por suas raízes, que eram usadas na medicina tradicional para lutar contra doenças do fígado. Só no século XVIII passou a ser consumido como verdura, ou melhor, como fruta: foram os ingleses os primeiros a arriscar-se a cozinhar estes caules suculentos e azedos.
Variedades
O nome comum "ruibarbo" inclui cerca de trinta espécies diferentes do gênero Rheum, entre as quais:
- Rheum officinale (ruibarbo officinale);
- Rheum palmatum;
- Rheum tataricum;
- Rheum rhaponticum (ruibarbo selvagem);
- Rheum rhabarbarum;
- Rheum X hybridum (ruibarbo de jardim).
Estas três últimas espécies são as mais frequentemente cultivadas.
Benefícios nutricionais
Muito baixo em carboidratos (1 a 2 g por 100g), o ruibarbo é muito baixo em calorias (apenas 62kJ por 100g, ou 15kCal). Contém grandes quantidades de fibras (3,2g por 100g, essencialmente insolúveis, como ligninas e celulose), que aceleram o trânsito intestinal.
Também possui níveis significativos de cálcio, magnésio, fósforo, manganês, vitaminas C e K (que desempenham um papel na coagulação do sangue e na formação óssea). Finalmente, é bem fornecido com antioxidantes.
Outra característica do ruibarbo é sua riqueza em ácido oxálico, uma desvantagem para pessoas com tendência à oxalitíase de cálcio renal e urinária. No caso de cálculos no trato urinário, é melhor não consumir ruibarbo (nem azeda, espinafre ou beterraba).
Escolha e guarde
Prefira hastes de ruibarbo recém-cortadas: elas devem ser firmes e a seção não deve estar muito seca. Ao quebrar um caule, ele deve quebrar e a seiva deve fluir.
Os talos de ruibarbo podem ser armazenados por até uma semana na geladeira, embrulhados em um pano ou saco de papel (para evitar a desidratação e ao mesmo tempo permitir que respirem). É possível congelar ruibarbo, cru ou escaldado, em seções.
Na cozinha
Você não precisa descascar o ruibarbo - faça isso apenas se os caules forem muito grandes ou fibrosos. Costuma ser consumido cozido (evite panelas de cobre e alumínio que o tornam marrom), com adição de açúcar para amenizar sua acidez acentuada. Dica: deixe os caules de molho por 20 minutos em água fria com sal. A acidez será parcialmente neutralizada e a quantidade de açúcar necessária será reduzida.
O ruibarbo serve para preparar muitas sobremesas: compotas e compotas, claro, mas também tartes, migalhas e outros bolos. Combina particularmente bem com morangos e maçãs. Na versão salgada, menos comum na Europa, pode ser usado em tagines, tortas salgadas, omeletes e pode acompanhar peixes. É também experimentar crus, em pedacinhos, com um crunch de sal (ou açúcar!).
»Veja também: cultivar ruibarbo na horta