A linguagem das flores

Um buquê cheio de significado

Em bouquet ou em vaso, oferecemos flores em muitas ocasiões: agradecimento, declaração de amor, símbolo de carinho, simpatia ou conforto, aniversário, nascimento, baptismo, Dia dos Namorados, Dia das Mães, noivado, casamento, funerais … As flores são os alegria de quem os recebe, e eles não têm igual na hora de decorar com requinte qualquer cômodo da casa. Podem também transportar uma mensagem: assim, dependendo das flores que optar por oferecer, o destinatário poderá atribuir um sentido ao seu gesto … Conhecer a linguagem das flores pode, em alguns casos, evitar cometer erros!
De um modo geral, as flores são um símbolo universal de vida, juventude, beleza e alegria, mas o significado de cada um varia entre os tempos e as culturas. Espécie, cor, fragrância, fase de floração, cada flor corresponde a uma emoção ou a um sentimento, segundo um código que define a linguagem das flores.

A flor: um simbolismo que varia de acordo com as culturas

No simbolismo cristão, a flor expressa a alegria simples que cada um sente diante da beleza da natureza, representa também o que agrada a Deus. A rosa vermelha evoca o amor divino e lembra a ferida de Cristo, a rosa branca e o lírio simbolizam a Virgem, pureza e perfeição, o columbino marca a presença do Espírito Santo, a íris exprime a dor e o cravo é a flor de Cristo.
Segundo a cultura taoísta, a flor rainha é o lótus: ao desabrochar ao amanhecer e fechar ao anoitecer, materializa a presença do Deus Sol. Para os budistas, o lótus simboliza o conhecimento que leva às reencarnações e está intimamente relacionado à pureza, virtude e imortalidade.
A cultura asteca, que marcou os povos da América do Sul, dá vários significados à flor: ela encarna o bom gosto e a beleza, mas também a fertilidade e a sexualidade. A flor de 4 pétalas é a flor solar, materializando o centro do mundo e reunindo divindade, céu, espaço e tempo.

História da linguagem das flores

Na Europa, dar flores é um gesto carregado de significado há muitos séculos. Na Idade Média, já era costume que um "maio" fosse oferecido à sua namorada, ou seja, um ramo em flor, no dia 1º de maio. O significado era diferente dependendo da cor e espécie escolhida.

Mas a codificação da linguagem das flores e seu uso para transmitir uma mensagem precisa provavelmente nos vem da Pérsia. Lady Mary Wortley Montagu, uma aristocrata inglesa e esposa do embaixador inglês em Constantinopla (Istambul), tem o crédito de espalhar essa prática na Europa. Tendo vivido na Turquia entre 1716 e 1718, ela teria descoberto no harém do sultão um modo engenhoso de expressão "floral". As mulheres dos haréns usavam assim as flores para transmitir uma mensagem, muitas vezes de amor, mas às vezes também uma censura, uma reclamação, um sinal de amizade ou um desejo de encontro, segundo um código muito complexo.
A linguagem das flores foi então retomada na Europa para alimentar intrigas românticas, especialmente durante o período romântico, com a publicação de vários "dicionários" e outros pequenos guias de conversação floral. Entre as mais conhecidas, a de Charlotte Delatour, "A linguagem das flores", teve grande sucesso ao longo do século XIX, com 26 edições entre 1819 e 1876. A de G.W. Gessmann, publicada em 1899, também foi uma referência.

Fundamentos

As interpretações podem variar ligeiramente de acordo com os códigos, mas o significado atribuído a cada flor permanece essencialmente o mesmo. A cor, antes de mais nada, é importante: geralmente, as cores claras correspondem a sentimentos leves e discretos, as cores vivas transmitem a força da emoção e os tons mais escuros são impregnados de tristeza.

O número de flores em um buquê também é carregado de significado: para rosas, a polidez dita que abaixo de 10 flores, seu número é ímpar; 12 rosas são necessárias para agradecer; 24 rosas são um sinal de bravura; e um buquê de 36 rosas é uma declaração de amor perfeita. No passado, o número de gladíolos colocados no centro de um buquê podia até determinar a hora de uma data.

O simbolismo de algumas flores comuns

Enquanto espera por uma folha mais completa (a seguir), aqui estão algumas das flores mais frequentemente oferecidas, em buquês ou em vasos:

  • Amarílis: orgulho;
  • Anêmona: afeto, confiança;
  • Hino: ruptura;
  • Azaléia: alegria de amar;
  • Begônia: amizade cordial;
  • Campânula: gratidão, coquete;
  • Ciclame: beleza, ciúme;
  • Wallflower: consistência, elegância;
  • Jasmine: amor, prazer;
  • Narciso: desejo, melancolia;
  • Lilás: emoção, pureza, maternidade;
  • Lily: pureza;
  • Marguerite: estima, confiança, amor tímido;
  • Mimosa: sensibilidade, fragilidade;
  • Sapinho: felicidade (leia também: Por que oferecemos sapinhos no dia 1º de maio?);
  • Cravo: ardor, liberdade;
  • Cravo do poeta: admiração;
  • Calêndula francesa: separação;
  • Orquídea: fervor, requinte, mistério;
  • Peônia: sinceridade;
  • Rosa: paixão se for vermelha, pureza se for branca, ciúme e infidelidade se for amarela;
  • Tulipa: declaração de amor se for vermelha, desculpe se for branca …

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